segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Carlos Mozer

Pela primeira vez, vou falar neste blog sobre alguém que não está (ou talvez não seja bem assim), actualmente, ligado ao Sport Lisboa e Benfica: José Carlos Nepomuceno Mozer!



Este enorme central dos anos 80 e 90 do século XX, é uma das referências dos primeiros 100 anos do nosso Clube. Alto, possante, atlético, vigoroso, duro, “mandão”, intimidatório, Carlos Mozer dominava toda a área defensiva e, muitas vezes, causava o pânico na área dos adversários.

Quando, após o abandono de Humberto Coelho, em Portugal jogavam centrais como Venâncio, Dito, José António, Lima Pereira e Geraldão, em 1987 chega a Portugal Carlos Mozer, vindo do mítico Flamengo. E logo, nesse ano, começa uma das mais fortes empatias entre um jogador (ainda por cima, estrangeiro) e o 3º Anel do Estádio da Luz.

No ano seguinte, Mozer faz parte da melhor dupla de centrais do Mundo (a própria France Football o referiu) com o seu compatriota Ricardo Gomes. Que privilégio! Mozer e Ricardo! Ricardo e Mozer! A classe e a eficácia de Ricardo, aliadas à força e determinação de Mozer. Foram jogos memoráveis que eu tive a sorte de poder assistir.

Mozer entendeu o Benfica e por essa razão, sabe que o Estádio da Luz é a sua casa. Sabemos todos que um dia regressará. Seja como treinador, como adjunto, como parte da estrutura do futebol ou, quem sabe, como consultor para a América Latina.

Uma das melhores histórias de benfiquismo além fronteiras, é a que Mozer conta sobre a sua experiência no Marselha de Bernard Tapie (aka, Bernardette).

Quando chegou a Marselha, Jean-Pierre Papin começou a meter-se com o Mozer e a dizer-lhe que o público do Velódromo era impressionante e que criava um ambiente tremendo. Ora, o Mozer tinha jogado no Inferno da Luz, pelo que não seria um estádio de 50 mil lugares que o iria atemorizar.

Quando o Marselha veio jogar a Lisboa para a mítica meia-final da Taça dos Campeões Europeus (em Abril de 1990), Mozer virou-se para Papin e disse-lhe que agora sim ele ia conhecer um ambiente infernal.

Antes do jogo começar, o Benfica fez uma homenagem a Eusébio e os 130 mil espectadores estavam em delírio, no preciso momento em que a equipa do Marselha ia entrar para o aquecimento. Conta Mozer que, quando saiu do balneário, deparou-se com toda a equipa do Marselha aterrorizada dentro do túnel. Viraram-se para Mozer e perguntaram-lhe o que se passava, ao que este respondeu: Bem-vindos ao Inferno da Luz!

Carlos Mozer é, actualmente, o treinador da Associação Naval 1º de Maio e conseguiu este domingo uma importante vitória no terreno do Guimarães. Ao primeiro jogo, Mozer conseguiu fazer o que se habitou a fazer durante toda a vida: ganhar! Parabéns Carlos! A nação benfiquista está contigo e todos esperamos e desejamos que tenhamos sucesso na tua carreira.

Força Mozer! Força Benfica!

2 comentários:

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